Marcha reivindicará acesso a espaços vazios para fins sociais

Para reivindicar a função social da propriedade e da cidade é que será realizada, na próxima quarta-feira (28), a Marcha Nacional pela Reforma Urbana. O ato está sendo organizado pelo Fórum Nacional pela Reforma Urbana (FNRU) e já está confirmado para acontecer nas cidades de Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Macapá (AP), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belém (PA), Manaus (AM), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).



De acordo com a secretária executiva do FNRU, Stacy Torres, pelo menos 500 pessoas devem participar da marcha em cada localidade, para pedir a universalização do acesso à moradia e a terra urbana e acesso aos espaços vazios e prédios abandonados para fins sociais. A ideia é a de que cada cidade realize seu percurso e apresente suas propostas para os governos locais, de acordo com suas próprias demandas.



Em Salvador, por exemplo, a marcha está sendo organizada pelos movimentos populares do Conselho Estadual das Cidades (Concidades-BA) e leva como pauta principal o tema "Reforma Urbana só com Reforma Política”. Em Manaus, a concentração para a marcha iniciará às 8h em frente à Prefeitura, onde será protocolada uma carta com as reivindicações do movimento. Em seguida, o Fórum Amazonense de Reforma Urbana sairá em caminhada até a sede da Câmara dos vereadores, onde, pela tarde, haverá audiência pública sobre "A importância do Plano Municipal de Habitação para a cidade de Manaus”.



Para chamar a atenção da população para a marcha que começará às 18h, os movimentos populares e outras entidades sociais de Curitiba, no Paraná, realizarão um teatro durante o dia, para divulgar o ato que terá concentração na Praça Santos Andrade. Em Porto Alegre, a mobilização inicia às 9h em frente à Prefeitura, na Praça Montevidéu. Já na cidade de São Paulo, a marcha sairá de dois pontos distintos às 9h: um é o Largo da Batata e o outro é a Praça da Sé, no Centro.



A marcha começa cedo no Rio de Janeiro. A partir das 7h os/as manifestantes se concentram no Largo da Prainha, na região portuária do Rio, para levar às ruas suas principais demandas: fim das remoções, fim do controle militar das favelas, mobilidade urbana, destinação dos imóveis públicos para a habitação popular, implantação do conselho das cidades e do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano (SNDU), entre outras.



Segundo Stacy Torres, uma das propostas defendidas pelo Fórum é o Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano (SNDU), que tem o objetivo de pensar a cidade de forma integral com habitação, saneamento, mobilidade, lazer, trabalho, saúde e educação. "Para implementar as políticas de reforma urbana é preciso haver diálogo entre poder municipal, estadual e federal”, disse.



Por isso, é que além das demandas por um melhor acesso à cidade, a Marcha também incorporará outras pautas que foram levadas às ruas nas manifestações massivas que aconteceram no mês de junho em todo o Brasil. Transporte público de qualidade, fim do genocídio da juventude negra nas periferias, melhoria da função social da cidade, que deve servir para todos os seus habitantes, entre outras questões.



Outras manifestações



As Centrais Sindicais também organizam mobilizações para a próxima sexta-feira (30), no Dia Nacional de Greves e Paralisações que deve ter adesão total e parcial de diversas categorias. As reivindicações são pelo fim do fator previdenciário, redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários, valorização das aposentadorias, transporte público e de qualidade, 10% do PIB para a saúde e educação, entre outras.

Fonte: ADITAL

 

Em 27/08/2013